quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Que futuro para a CAMAC?

A CNB/CAMAC que atravessa há anos problemas económicas e de financiamento. Importa contudo dizer que ao longo de anos os seus proprietários/administradores tiveram como única preocupação a acumulação de lucros, insistindo numa politica de baixos salários e não cumprindo com as obrigações fiscais e sociais.

Actualmente a empresa tem em curso um plano de viabilidade elaborado em parceria com o Estado no final da década de noventa, decorrente da reorganização das suas antigas dívidas fiscais e à segurança social o qual, segundo Tirso ao alvo apurou, tem sido adequadamente cumprido.

A empresa mantém problemas empresariais recentemente muito agravados por causa de dificuldades de acesso ao crédito e, igualmente, por dificuldades em candidatar-se a fundos comunitários, designadamente do actual QREN, por causa da existência de obrigações decorrentes do contrato de regularização das dívidas, negociado e acordado com o Estado e, pelos vistos, cumprido

Ou seja: não obstante o acordo entre o Estado e a CAMAC continuar aparentemente a ser cumprido, a sua própria existência condiciona (ou até impede) a possibilidade da empresa aceder aos meios financeiros de apoio do QREN, seja para efeitos de modernização e reestruturação produtiva, seja para efeitos de apoio a estratégias de internacionalização e diversificação de mercados.

Tudo isto acontece com a única empresa de pneus com capital 100% nacional.

Tudo isto acontece quando, na freguesia visinha de Lousado - VNFamalicão, há uma empresa estrangeira domesmo sector (Continental) que recebe apoios milionários.

Ao que consegui apurar, a esperança desde trabalhadores passa agora por uma possível compra da CNB-Camac pela multinacional Brigstone... com um bocado de sorte, esta multinacional terá os apoios que a Camac nunca teve!

4 comentários:

Anónimo disse...

http://psdstirso.com/forum/topic.asp?TOPIC_ID=186

Anónimo disse...

Já sabem a última?
O Castro Fedrnandes pediu ao Henrique Pinheiro Machado para ele colocar no "jornal" dele que apoia o José Graça!

Chego á conclusão que o PSD está realmente a incomodar mt gente!
Já viram ao que o PS chegou? É o desespero total!

Anónimo disse...

http://www.porto.pcp.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=390&Itemid=1

COMUNICADO DO PCP
PCP solidário com os trabalhadores, exige medidas do governo para defender postos de trabalho!
A Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP reafirma a sua preocupação com o futuro da empresa CNB-CAMAC.
Após várias denuncias públicas dos trabalhadores e dos seus representantes sindicais e depois de terem reivindicado junto da Câmara e do Governo a utilização de fundos do QREN para a viabilidade da empresa, a situação tem vindo a agravar-se.
Ao longo dos meses de Julho e Agosto por várias vezes a empresa esteve parada por falta de matéria prima, os trabalhadores têm hoje dois meses de salários em atraso e há cerca de 50 que já rescindiram contrato com a empresa.
No dia 14 de Agosto os trabalhadores entrarão em férias até ao final do mês com grandes incertezas quanto ao seu futuro.

A Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP manifesta total solidariedade e apoio aos trabalhadores da CNB-CAMAC e alerta para esta situação, exigindo do governo medidas concretas e urgentes para salvaguardar as duas centenas de postos de trabalho daquela empresa.
É por termos um governo que não se preocupa com os trabalhadores e uma Câmara que finge não conhecer o problema do desemprego em Santo Tirso que o concelho continua a liderar a taxa de desemprego no país. É fundamental que se tomem medidas para que os trabalhadores da CNB-Camac não engrossem os números do desemprego no concelho.


Santo Tirso, 13 de Agosto de 2008
O Gabinete de Imprensa da Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP

Anónimo disse...

Do jornal Santotirsodigital retirei uma noticia do PSD de Santo Tirso que trancrevo:

"
PSD solidário com trabalhadores da CAMAC
O PSD de Santo Tirso, está solidário com os trabalhadores da CAMAC.

Não é simples coincidência, o facto do PSD nas últimas 4 reuniões da Assembleia Municipal, tecer fortes criticas á Câmara Municipal e ao governo, pela total ausência de politicas activas de promoção do emprego e de combate ao desemprego.

Nos timos dois anos, perderam-se em Santo Tirso cerca de 1800 postos de trabalho, e hoje, segundo as noticias que têm vindo a público, mais 300 postos de trabalho da empresa CAMAC estão em risco.

São já vários, os meses de salário que ficaram por pagar aos cerca de 300 trabalhadores, cujas famílias vivem hoje um profundo e preocupante drama. Algumas dezenas de trabalhadores optaram por suspender os seus contratos de trabalhão, para acederem ao subsídio de desemprego.

Jornais e telejornais, têm sinalizado Santo Tirso, como o concelho com a maior taxa de desemprego, fruto do declínio do sector têxtil. Durante vários anos, e apesar dos avisos de especialistas portugueses e estrangeiros (Daniel Bessa e o norte-americano Michel Portter)muito pouco foi feito para inverter esta situação. A Câmara, enquanto poder de proximidade, limitou-se a assistir de braços caídos a esta “calamidade” ou “catástrofe” como os jornais adjectivaram a situação. Os citados especialistas apontaram caminhos e adiantaram soluções, mas os responsáveis autárquicos, preferiram “meter” a cabeça na areia e deixaram que Santo Tirso trilhasse um perigoso caminho. Hoje, Santo Tirso é o campeão do desemprego, não vê luz ao fundo do túnel e caminha a passos largos e para uma implosão social. A coesão social está fortemente ameaçada. Que futuro? Questionam os Tirsenses!

Apesar do discurso de fachada do Senhor Presidente da Câmara, a verdade que temos uma politica fiscal menos competitiva do que os concelhos que hoje mais competem com Santo Tirso (Trofa e Famalicão). As zonas industriais têm graves problemas ao nível das infra-estruturas, nomeadamente ao nível dos acessos e das condições das vias. Os pavilhões foram nascendo sem qualquer estratégia e subjacente a meras lógicas de especulação imobiliária.

É óbvio, que o facto de Santo Tirso, ter perdido, por falta de visão da Câmara, o ensino superior, foi determinante para não atrair investimentos diversificados, que pudessem gerar alternativas ao sector têxtil.

Na verdade, este Governo, apesar do anunciado crescimento económico, não tomou qualquer medida de promoção do emprego e nem sequer tentou travar o crescimento do desemprego em Santo Tirso. O Senhor Presidente da Câmara, por razões de subserviência e sobrevivência política foi um agente passivo.



Por isso, o PSD e os Tirsenses, ficaram expectantes quanto à anunciada visita do Senhor Primeiro-Ministro ao concelho de Santo Tirso.

No entanto, para além do anúncio do Call Center que vai gerar 1200 posto se trabalho, que consideramos como um contributo muito positivo para o concelho, quer em matéria de emprego, quer enquanto indutor de novas dinâmicas locais, nada mais foi anunciado para Santo Tirso. Mesmo assim, deve registar-se, que tendo em conta o perfil dos desempregados disponível no site do IEFP, dos 1.200 postos de trabalho, Santo Tirso apenas poderá contribuir com cerca de 250, o equivalente a 4,5% do total de desempregados registados em Julho de 2008.

Apesar do Senhor Presidente da Câmara e do Senhor 1º Ministro conhecerem esta realidade, não foi anunciada nenhuma medida concreta para promover o emprego e combater o desemprego, e esperava-se muito mais. Depois de terem terminados dois programas (PROPOEP e PIAVE) implementados em 2004, ainda no Governo do PSD, nada mais foi feiro.

Foi por isso com alguma estupefacção, que o PSD assistiu à intervenção do Senhor Presidente da Câmara, quando prestou declarações por força da manifestação em frente à Câmara, dos trabalhadores da Camac, limitando-se a dizer que em Maio tinha falado com membros do Governo, mas que até hoje não tinha recebido qualquer resposta que tivesse agradado.

Mas então o Senhor 1º Ministro não esteve em Santo Tirso, no passado dia 18 de Agosto para falar de emprego? Porque limitaram os responsáveis pelo Governo e pela Câmara a sua acção ao pomposo anúncio do call center?

Sabendo-se que a grave situação da Camac é do domínio público, sabendo-se que é a única empresa com capitais integralmente portugueses que se dedica ao fabrico de pneus, porque razão, nada foi feito pelo Governo e pela Câmara para preservar a empresa e os postos de trabalho? Então não seria desejável que fossem estabelecidos planos de intervenção ao nível da requalificação dos trabalhadores, para poderem integrar unidades que se dedicam à mesma actividade da Camac? Então é preferível gastar cerca de 135.000 por mês em subsídio de desemprego, do que investir na manutenção dos postos de trabalho?

Governo e Câmara Municipal, continuam a “entreter” os cidadãos com anúncios pomposos onde a virtualidade se substituiu à realidade. O cinismo e a demagogia de braço dado.

A CPC do PSD de Santo Tirso
"